Era uma família tradicional, cujos pais espiritualizados, sempre a educar seus filhos pautando-se em sábios conselhos, o pai era admirado pela filha caçula que acabara de sair da adolescência. Certa ocasião adentrava a sala principal da casa onde a filha de cabeça baixa sob os joelhos chorava, angustiada por achar que Deus a fizera muito pobre, em estado de melancolia por não ter no guarda-roupa modelitos novos, tendo em vista que toda sua vestimenta era adquirida em consequência da sua tia (mulher de classe média) que renovava o guarda-roupas com frequência e doava a sobrinha as peças que não mais lhe eram interessantes. Porém, a jovem possuía dois calçados, uma sandália com um salto baixo que a época só se calçava em ocasiões especiais e um sapato utilizado para ir a escola.
O pai entra à sala, aproxima-se da filha e pergunta-lhe o motivo da sua tristeza;
- Filha, o que está acontecendo?
A menina com olhar entristecido responde; ''- Fui convidada a ir a uma festa, todos os meus amigos estarão lá e não poderei comparecer...''
-Diz o pai ''- Mas minha querida, caso me diga onde será a festa a deixarei ir!!
- Papai, diz a menina, não é isso! não tenho sapatos para ir a festa!!
- O pai responde '' - Mas como não? olha o que está calçada!!
- O sr realmente acha que isso é sapato para ir a uma festa? não, não tenho sapatos papai!
- Minha filha, você também têm um par de sandálias e pode calçá-la para ir a festa!
A menina sai em direção ao quarto, o pai a pede que aguarde alguns instantes e diz;
''- Minha filha, quando entrar no quarto peça perdão a Deus, pelo fato de ter dois pares de calçados, quando tantos não possuem nenhum par de sapatos e outros nunca tenham escutado o nome de um ou visto um par de sapatos, mais que isso minha filha, agradeça a Deus por ter dois pares quando possui apenas dois pés e tantos espalhados mundo a fora nem pés possuem!(...)''
E nós, quantos pares de sapatos possuímos e achamos que não temos para calçar?, quantas camisas e calças?, quantos cobertores?, quantos livros nas prateleiras?, quantas peças desnecessárias espalhadas pela casa?
E reclamamos da vida, insatisfeitos desviamos o olhar e não enxergamos as oportunidades concedidas e descontentes achamos que temos pouco, quase nada, inúmeros momentos compramos desnecessariamente, acumulamos roupas e mais roupas que nem damos conta de escolher e dissemos ''não tenho roupa'', '' não tenho sapato'' '' não tenho um carro'' '' não tenho isso, não tenho aquilo''.
Observemos os quatro cantos e veremos pessoas que podem dizer ''eu não tenho'' e se analisarmos profundamente veremos que lhes faltam a saúde, física, emocional e espiritual e muitos amanhã nem terão almoço, incertos são seus dias...
E aqui estamos, em vários instantes ''reclamando'' em vez de agradecer!!
Muita paz!
M. Barbosa
Grande reflexão, Amigo Márcio! Obrigada!
ResponderExcluirQue Jesus continue abençoando seus esforços em se tornar uma pessoa melhor.
Abraço fraterno.
Amiga Karol, a jornada é longa, mas precisamos continuar tentando nos melhorar, afinal, estamos aqui para isso, muita paz minha querida!!
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