Sempre temos dito que conflitos, angustias, adversidades, tristezas, o que julgamos de problemas...surgem nos caminhos da vida convidando-nos a aprendizado, a reflexões daquilo que precisamos trabalhar na busca por nos melhorar. O discurso parece sempre o mesmo, é como se o consultor não tivesse problemas dessa natureza e oferecesse soluções aparentemente simples para os problemas alheios.
Enquanto isso, o consulente atravessa as aflições por vezes choroso e entristecido, para aqueles que estão de fora, todo problema parece simples e a solução sempre se apresenta de maneira fácil e leve. Todavia, por vezes nos indagamos porque a aflição do outro é sempre menor que a nossa, talvez estejamos somente com um simples resfriado e o outro com um tumor maligno, mas devido aos aspectos coitadistas, imaturamente pensaremos ser o resfriado mais grave que o tumor.
Me perguntaram recentemente se eu não me aflingia, não chorava, não possuía angustia, ao passo que as soluções que apresento são sempre pautadas em retirar aprendizado das situações que a vida impõe. Parei alguns instantes em busca da resposta, não sei o motivo da demora, mas é sempre assim, temos todas as respostas para os problemas alheios, mas para os nossos é necessário uma viagem para dentro e isso custa tempo, paciência, abnegação e aceitação, deve-se estar preparado para enxergar de frente a possível montanha que atrapalha a nossa evolução, uma montanha de conflitos, de mágoas, de frustrações que paralisam o índividuo.
Voltando-me a resposta disse; choro como todos, não tenho tristezas, pois não devem ser consideradas como objetos de decoração, passo por elas, assim como também passo por frustrações, decepções, angustias, mas são passageiras, não me pertencem.
Assim deve ser a nossa passagem em meio aos''problemas'', retirando aprendizado de cada um deles, comecemos pelo sentimento de posse, '' a minha angustia, a minha perda, a minha tristeza, a minha depressão, a minha melancolia, o meu problema(...)''. Ele não é nosso, não é seu, não é meu, está de passagem, somente convidando-nos a um aprendizado.
Dias de questionamentos sobre aquilo que realizamos, as consequências das decisões que tomamos, as indagações frente as frustrações vivenciadas, são normais e importantes para o nosso desenvolvimento, o emocional influenciará no profissional e no acadêmico, que por vez influenciará no espiritual e vice-versa. Contudo, podemos e devemos lutar por nos melhorar em todas as aréas da vida, façamos uma viagem e iniciemos por perguntar ''quem somos?'' ''O que estou fazendo aqui?'', ''Onde sou capaz de chegar?''''O que preciso melhorar em mim para amadurecer e entender a vida compreendendo as adversidades?''
As respostas virão, não se assuste é apenas uma viagem para dentro!
Abraço Fraterno,
Márcio Barbosa
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