quinta-feira, 13 de setembro de 2012

E quantas vezes transfomam-no em ponte?

Quanta tempestade do lado de cá, ao lado de um pântano obscuro muitos se encontram, enjaulados em suas frustrações, sentem-se sufocados pelas provas e obstáculos, mágoas e traições o persseguem, desse lado reina a inquietação, tristeza e revolta, ânsia, desmotivação, carência afetiva, ''demônios'', conflitos que aterrorizam. 

Do outro lado encontra-se a possibilidade de esquecer ainda que por alguns segundos os lamentos que cercam, está o prazer, a alegria momentânea, tem belas flôres vermelhas e o céu é azul anil, os pássaros cantam numa sinfonia romântica, há leite com mel e  lá as pessoas não sentem solidão, angustia, frustrações não são vivenciadas e diante dessa paisagem há um vão, é um gigante buraco negro  e agora como passar para o outro lado onde a euforia e o prazer predominam? 

Precisa-se de uma ponte, e de repente vêm a brilhante idéia de transormar alguém, um ser sensivel, tão fragilizado e imaturo numa ponte para se chegar ao outro lado, faz-se uma ligação e em alguns segundos a ponte chega, inconscientemente afim de saciar e preencher-se, sendo-se útil na condução até o outro lado. 

Preparou-se os argumentos, arrumou-se as malas a num risco profundo atravessou a ponte, saira daquele lugar sombrio e chegou onde se achava querer estar, com tamanha euforia e gozo lá quis ficar, retirou da bolsa o machado e quebrou a ponte para nunca mais voltar ao outro lado, tempos se passarm e descobriu que em meio a toda aquela atmosfera prazerosa não conseguia preencher-se com o inexplicável sentimento que nasce em meio as dificuldades, mesmo as mais sombrias, queria o retorno, mas a ponte já não mais existia, porém, poderia trilhar um novo caminho, dar uma longa volta até chegar ao ponto de origem, mas para isso, muito sofreria em faixas vibratórias diversas, passaria tempestades, mas um dia veria a bonança e a mereceria, ao passo que  escolheu o retorno mesmo sabendo das lutas que passaria...

E quantas vezes transfomam-no em ponte?, ceder e ser util têm seu mérito, todavia, é preciso entender que a partir do momento que aceita servir de ponte torna-se responsável  pelos riscos que se corre no atravessar ao outro lado, a ponte pode cair, desequilibrar-se e ambos descerem ao precipicio da amargura, dos conflitos e da dor.

Muita paz!

M.Barbosa

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