terça-feira, 29 de janeiro de 2013

REFLITAMOS!

Que a carne material é frágil, todos estamos cansados de saber. O próprio Mestre Divino nosadvertiu, há dois mil anos, que “o Espírito está pronto, mas a carne é fraca.”
O caso é que nem sempre sabemos conduzir-nos, no mundo, levando em boa conta tal realidade. O corpo físico é o instrumento sublime que a Paternidade de Deus nos oferece para que, utilizando-nos dele, ascendamos na escala evolutiva, experimentando e aprendendo, amando e servindo, nas esferas do trabalho, nos círculos da família, na comunidade dos irmãos, no trato com os associados, na extensão da fraternidade e nas construções do progresso.
Ele tem, naturalmente, os seus atavismos hereditários, as suas necessidades funcionais e as suas exigências, mas nem por isso lhe compete o glorioso privilégio de conduzir o Espírito que o anima, nem ditar-lhe rumos à vida.
Em termos, isso até pode ocorrer nas faixas mais primárias da evolução, mas não no estágio da Humanidade racional e consciente, porque a carne não raciocina, não tem sentimentos, não dispõe de vontade nem do dom de discernir.
Todo aquele que se deixa levar às cegas pelos instintos da natureza carnal apenas inverte temerariamente a ordem das coisas, transformando o Espírito, senhor do corpo, em escravo do seu serviçal.
Devemos a tão precioso instrumento de nossa ação no plano de nossas lides, atenção e cuidado, auxílio prestimoso e constante. E somos responsáveis por todos os danos que lhe infligirmos pela nossa incúria ou pela nossa intemperança.
Certo é, porém, que esse sagrado instrumento de nossas realizações na Crosta é concessão divina a título precário, sujeita sempre à transitoriedade do tempo e às conveniências da permanência mais ou menos longa na face do planeta.
Sempre chega o declínio natural da organização somática, como sempre ocorre o termo de qualquer tarefa. Nada, no entanto, é cegamente fatal, porque a sabedoria do Altiplano não se rege por parâmetros inconseqüentes.
Seja como for, e malgrado a fraqueza da carne, o Espírito, como disse o Senhor, deve estar pronto. E estar pronto significa, como bem sabemos, fidelidade plena aos nossos ideais e compromissos superiores, fé inquebrantável no Pai Eterno e esperança segura em nossos destinos, assinalados no infinito. Estejamos, portanto, de Espírito pronto, atentos às ordenações divinas, e descansemos em paz o coração.

Abraço Fraterno,

M. Barbosa

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